Djoko, o Maior!?
Ele queria ser amado, será reconhecido! Suficiente?
Ele gostaria do calor dos afetos, se contentará com a incontestável frieza dos números?
A sua eficiência nubla a estética e a elegância, se ressente?
Creio que sim, a sua dor tem nome: ressentimento!
Como cartão de visita, apresentou-se como grande imitador; porém, queria mais…
Sem a fleuma suíça e a tradição espanhola, lhe emprestaram o estigma sérvio.
Sem o conforto para enfrentar o frio da Basileia, nem os prazeres do calor de Mallorca, trouxe para as quadras o clima da guerra: o gélido calor!
Como refugiado, sua arma não poderia ser o ataque; mas jamais esquecerão o poder do seu contra-ataque.
Com o tempo, o filho da guerra perdeu a leveza, mas ganhou intensidade dos obstinados sobreviventes. Torço para que ele consiga chorar, seria o caminho para voltar a simplesmente sentir o presente e abandonar o re-re-re-ressentimento dos tempos da guerra.
P.S. Ah, sim, só para registrar, o seu técnico e a juíza da final são croatas. Um caminho para a paz pessoal.
Publicado em 11/07/2021, em Psicanálise e psiquiatria. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.
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