Saúde: negações pré-pandemia
Todos conhecem pessoas próximas – quando não, as próprias – que apresentam algum(uns) dos seguintes comportamentos:
– Não fazem exames ginecológicos regulares.
– Negam-se a realizar toques prostáticos e colonoscopias preventivas.
– Nódulos mamários são ignorados até supurarem.
– Hipertensos que interrompem o tratamento quando a pressão se normaliza e seguem abusando do sal.
– Diabéticos que se negam a fazer reeducação alimentar e/ou usar medicações hipoglicemiantes.
– Tabagismo, alcoolismo e demais abusos de substâncias.
– Não usam cinto de segurança, capacete e … camisinha.
– Negam-se a fazer e/ou, posteriormente, abandonam os tratamentos psiquiátricos (depressão e ansiedade, principalmente).
– Não realizam pré-natal, não vacinam os filhos, inclusive as meninas contra HPV.
– Exposição ao sol sem proteção de maneira excessiva.
– Não consultam regularmente conforme indicação dos protocolos.
(…)
Em relação à COVID, a negação dos riscos, a falta de cuidados preventivos, o desprezo pelas vacinas (…) não surpreendem; eles são um pouco mais do mesmo que os profissionais da saúde se deparam no dia a dia.
Entretanto, existe uma diferença fundamental entre as questões enumeradas acima e os indivíduos com comportamentos negacionistas em relação ao coronavírus. Nas primeiras, infelizmente, o sujeito sofre com as consequências; já, na pandemia, desgraçadamente, o comportamento de um indivíduo pode atingir a muitos, inclusive, seus amores.
Publicado em 22/06/2021, em Psicanálise e psiquiatria. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.
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