Levianos

A candidata foi leviana? Ou o candidato foi leviano por chamá-la de leviana?

A candidata foi leviana por vitimizar-se, e assim manipular a população regional, por um sentido da palavra leviana que sabe que não foi o utilizado no debate? Ou o candidato foi leviano por usar um termo que sabe ter um sentido pejorativo no nordeste, surfando perigosamente no duplo sentido?

A candidata é leviana ao posicionar-se como mulher agredida, em uma disputa na qual não interessa o gênero, principalmente, se ela agrediu igualmente outra mulher? Ou o candidato tenta levianamente intimidar mulheres, como a candidata insinua ser sua prática?

A vitória absolverá os levianos das leviandades?

A derrota será pelas leviandades ativamente utilizadas para agredir ou pelas que se foi vítima?

Por enquanto, as verdadeiras vítimas são as prostitutas, que tiveram sua dignidade levianamente atingida, seja por quem usou um termo que regionalmente é sinônimo para ofender, seja por quem imagina-se superior a ponto de colocar-se como vítima.

Sobre Hemerson Ari Mendes

Psicanalista (Sociedade Psicanalítica de Pelotas – Febrapsi - IPA), médico psiquiatra (UFPel), mestre em saúde e comportamento (UCPel). É diretor da Clínica Ser e durante 18 anos foi professor de Psiquiatria e Psicologia Médica na Faculdade de Medicina UCPel, atualmente, licenciado. Sim, também, disgráfico.

Publicado em 24/10/2014, em Psicanálise e psiquiatria. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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